8 de dez. de 2012

Crítica: A última casa da rua

Posted by Thaís Colacino On 13:03 0 comentários

  
A Última Casa da Rua traz a mesma sensação de chegarmos a tal local: não tem para onde ir e queremos ir embora logo. Construído com clichês e argamassado com tentativas de reviravoltas, a falta de estrutura do roteiro e muitas atuações ruins fazem a casa cair (perdoem a piada, mas é para estar à altura do filme).

Na trama seguimos Elissa (Jennifer Lawrence) e sua mãe Sarah (Elizabeth Shue) que acabam de se mudar para uma nova cidade  após o divórcio dos pais de Elissa e alugam uma casa com preço bem desvalorizado. O motivo do preço baixo é a casa ao lado da que compraram: um casal foi brutalmente assassinado pela perturbada filha de 13 anos, que sumiu após o crime. Os amigáveis vizinhos logo contam toda a história macabra. O curioso (ou nem tanto) é que o filho mais velho do casal assassinado, Ryan (Max Thieriot) ainda habita o local, e é recluso e classificado como esquisito por todos. E obviamente é com ele que Elissa faz amizade e até começa um romance.

Tentando misturar um quê de Crepúsculo (com a dificuldade de enturmar e os lamentos por garotos e que não acontece nada por uma boa parte do filme) e um pouco de Psicose (falhando miseravelmente), o filme pega emprestado aquele que parece ser o terror mundial: uma menina pré-adolescente com cabelos longos jogados na cara. Ah sim, os moradores acreditam que ela se afogou no lago do bosque e que agora reside lá. Lembrou algum filme? Pois é.

Infelizmente para os fãs do gênero que apreciam matanças e garotas semi-nuas perguntando se há alguém na casa, sinto informar que a bela Jennifer fica vestida, apesar da câmera focar diversas vezes em seu corpo e o roteiro transformar seu personagem inteligente em um que toma decisões imbecis (a começar por ter aceitado atuar nesse filme).

O filme todo é cheio de esteriótipos. Elissa e sua mãe têm problemas de relacionamento, há o rapaz cheio de segredos, a casa macabra com um porão, garoto mimado, a família disfuncional, uma menina desajustada, o policial legal que vai morrer rápido... Ah sim, e a menina assassina com o cabelo na cara. Enquanto Lawrence e Shue são talentosas demais para tal filme, os coadjuvantes não saem do lugar comum e pouco acrescentam para acreditarmos em qualquer história.


Há também diversas subtramas que não fazem sentido existir uma vez que nunca são exploradas, sendo meramente superficiais. Com poucos sustos, baseados principalmente na trilha sonora, A Última Casa da Rua é um filme para se passar longe.

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