2 de jun. de 2012

Crítica: Branca de Neve e o Caçador

Posted by Natália Lins On 18:52 0 comentários



Once Upon a Time... Essa é a frase que deixa o ouvinte ansioso e que é capaz de fazê-lo adentrar pelo mundo da imaginação, e é com ela que se inicia o filme “Branca de neve e o Caçador (Snow White and the Hunstman, 2012).

A história já mostrou que é um sucesso, passando pelo teatro, pela literatura e pelo cinema, conquistou ainda mais destaque nos últimos meses. Primeiramente com a série de TV “Once Upon a Time”, depois com o filme “Espelho, Espelho Meu”, e agora ganhou a versão épica, um projeto do estreante diretor Rupert Sanders.

Para atrair o grande público convidaram a Bela, quer dizer, Kristen Stewart para o papel de Branca de Neve. Mas será que a “famosidade” dela compensaria o limitado poder expressivo da atriz? Não! Em determinadas passagens ela até consegue se mostrar boa média na verdade, mas na maior parte do filme repete a mesma face de dor (ou de que está sentindo algum odor desagradável) que apresenta na saga vampiresca.


O peso de boa interpretação ficou para Charlize Theron, que vive com intensidade o personagem perverso da história, a Rainha Ravenna. Para conseguir a beleza eterna ela é capaz de qualquer coisa e não hesita quando descobre que para isso é preciso devorar o coração da linda princesa, que aos poucos foi tomando o seu lugar de mais bela do reino. 

Empenhada em dar sequência em seu plano, ela contrata o caçador Eric, interpretado por Chris Hemsworth, agora sem os cabelos loiros vistos em Thor. Com uma boa presença de humor, apesar das características rústicas do caçador que mata por um punhado de ouro, o ator fez uma ótima interpretação, sempre com um machado em mãos, que por vezes lembrava o asgardiano e seu martelo.

Responsável pela direção de arte do premiado “A Invenção de Hugo Cabret”, David Warren executou um trabalho impecável. Desde a ambientação refratária ao progresso, de um reino mergulhado nas trevas da Rainha Má, até a linda Floresta Encantada, onde a fantasia se mostra muito presente através de personagens angelicais e bondosos. E é neste cenário de contos de fadas que surgem na tela os queridos sete anões. Aliás, oito anões. Interpretados por excelentes atores (Bob Hoskins, Eddie Izzard, Eddie Marsan, Ian McShane, Nick Frost, Ray Winstone, Steve Graham e Toby Jones). São responsáveis por ajudar Branca de Neve recuperar o trono e salvar seu povo das garras da malvada Rainha e também pelo lado cômico da história. O que lhes falta em tamanho lhes sobra em bom humor.


O público que pensou que Branca de Neve ficaria dividida entre o amor do Caçador e o do Príncipe (Sam Claflin), com bem menos destaque nessa versão, se enganou. A trama não reservou muito espaço para romance, pois a praga que assola o reino obteve mais importância desta vez.

No final, você nota que poucas foram as vezes que se pegou comparando a trama com o conto dos irmãos Grimm. Há bem mais elementos na tela para você analisar, muita aventura e ação que valem a pena serem vistas.



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